tag:blogger.com,1999:blog-1666880928032671920.post5094517726599326717..comments2023-04-30T14:08:02.539+02:00Comments on ARTE EM MOVIMENTO: Queha na anual do MUSART e outras tertúliasMuvarthttp://www.blogger.com/profile/10809796368717607839noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-1666880928032671920.post-79291141706539351232009-01-14T00:12:00.000+02:002009-01-14T00:12:00.000+02:00Nao sei do estado emocional do artista Quhea naque...Nao sei do estado emocional do artista Quhea naquele momento, mas a partida mostra uma agressividade nao muito saudavel. Parece me que nao concordando com o premio atribuido a sua actitude demonstra uma grande falta de etica profissional. <BR/><BR/>vania LemosAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1666880928032671920.post-14923427164933084302009-01-14T00:06:00.000+02:002009-01-14T00:06:00.000+02:00Conforme havia prometido, cá estou para comentar ...Conforme havia prometido, cá estou para comentar um pouco acerca do caso Quehá (jovem artista plástico moçambicano), produto também da Escola Nacional de Artes Visuais se a memoria não me trai; individuo habituado a receber prémios desde o seu tempo de estudante naquela escola.<BR/>Ora bem! Estando ele habituado a participar para conquistar prémios ou distinções honrosas, participou no "concurso" Exposição anual MUSART 2008, com a lição bem estudada e cheio de confiança, imagino eu, porque lendo o cenário do que sucedeu no Museu Arte naquele dia (....) só se pode atribuir esse factor aquela acção inédita nas plástica moçambicana.<BR/>Importa referir neste meu comentário que cheguei tarde \a exposição naquele dia. Por isso não presencie esta acção, mas a tempo de ouvir os comentários do publico apreciador que se encontrava no interior e no exterior do Museu.<BR/>A atitude do Quehá...Atenção! Esta e uma opinião pessoal que pode ser errada. Aquela foi uma atitude que de invasão ou rebeldia contra o normalmente aceite na sociedade e sobre tudo na sociedade moçambicana onde as fronteiras do correcto e o incorrecto encontram-se ainda "bem" definidas apesar de enumeras queixas atribuídas pelos pais à juventude deste País; estes são acusados de imoralidade e irresponsabilidade segundo os seus olhares a esta camada social.<BR/>Conforme dizia, foi uma invasão ou rebeldia que veio demonstrar como o homem e artista Quehá, desenibiu-se da sua consciência social para deixar de actuar em sí a inconformidade que ele sentiu a não ser lhe atribuído o premio que para todos os efeitos ele considera-se legitimo vencedor de pelo menos um deles. Não sendo contemplado dirigiu-se enfurecido à parede onde estava a sua obra retirando-a daquele local. Qualquer artista, imagino eu gostava de ver a sua obra exposta no Museu Nacional de Arte porque como dizia um velho amigo meu « Não é o mesmo expor numa galeria que num Museu Nacional de Arte. Museu é Museu!».<BR/>Pois bem! Este não foi o pensamento do artista em referencia. Porquê? Não sei, mas talvez porque lá ele havia estado em anteriores eventos ou porque viu no evento uma oportunidade de demonstrar a sua «veia» vencedora em concursos de arte promovidos na praça, talvez uma oportunidade comercial ou então uma legitimação dele como artista vencedor sem igual. enfim, várias são as interpretações que suscitou aquela acção.<BR/>Apesar de varia interpretações o denominador comum nos comentários acompanhados, aquela era uma atitude de loucura, de estupidez ou de arrogância. Eu acho que não!<BR/>Acho sim que foi uma atitude de coragem de quem tinha claro o objectivo a alcançar ao participar no "concurso" não tendo alcançado o objectivo pretendido, retirou-se como mau perdedor porque não foi pelo ferry paly que muitas vezes é exigido numa competição.<BR/>Quero acreditar que esta foi uma atitude de alerta a comissão organizadora assim como aos patrocinadores a adoptarem outras formas de participação na anual MUSART. Isto não e para negar a existência de concursos mas sim que haja um corpo diferenciado para esta anual pois isso poderá diversificar as mostras de arte a nível Nacional sobre pena de ser mais uma exposição. <BR/>Quero concordar com Gemuce quando diz que é preciso repensar a organização da anual Musart.<BR/>O método adoptado pelo Museu em 2007 foi positivo, pois partiu da observação do proprio Museu no que diz respeito a produção artística assim como o envolvimento dos fazedores da arte na praça para merecerem a participação na expo.<BR/>Acredito que seleccionando artistas que vão desenvolvendo a sua actividade ao longo do ano podiam merecer essa participação. Se houver prémios que sejam atribuídos entre os artistas seleccionados. Este método motivaria os artista a trabalharem mais não só para ganhar premio senão para ganhar a oportunidade de participar na Anal Musart fazendo desta expo um barómetro do qual poder-se-a orientar mostras de maior qualidade de forma a engrandecer a plástica moçambicana.<BR/>Quero acreditar que deste modo teríamos realmente uma exposiçao anual com tendência ascendente, talvez com muitos artistas jovens com maior qualidade garantida ano pós ano.<BR/>Para terminar, agradecia que não vissem nos meus comentários a eliminaçao de concursos de arte, senão proposta para pensar-se noutros modelos de organização da Expo Musart para não parecer esta, mais um concurso de muitos que existem na praça. Mais não disse. Isto é apenas uma opinião pessoal que pode muito bem não significar nada mas fica aqui a ideia de um fazedor, mais ou menos atento a evolução da actividade das Artes Visuais de Moçambique nos últimos tempos dentro e fora do País.<BR/>Aquele abraço para ti camarada presidente (Gemuce) e a todos que poderão participar deste debate.<BR/> <BR/><BR/>Marcos MuthewuyeAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1666880928032671920.post-54797498967905531092008-12-31T09:50:00.000+02:002008-12-31T09:50:00.000+02:00GemuceApanhas-me de saída, parto amanhã de manhã p...Gemuce<BR/><BR/>Apanhas-me de saída, parto amanhã de manhã para curtas férias até dia<BR/>4, pelo que não tenho tempo para grandes comentários (escrevo já na<BR/>madrugada de sábado). Ainda assim<BR/><BR/>1. Saúdo o renascer do blog Arte em Movimento. Veterano disso do<BR/>bloguismo acho importante como meio de divulgação e de reflexão e<BR/>lamentava o seu pousio. Saúdo ainda o cuidado com que está feito. Boa.<BR/>Tenho pena que não tenhas divulgado o seu "renascimento" - eu fui lá<BR/>agora pela primeira vez desde há muito tempo, surpreendido por este<BR/>teu e-mail. Como deves saber encerrei o meu blog - cansaço meus e<BR/>insultos locais excessivamente pessoalizados a isso levaram. O<BR/>estrangeiro não fala mais aqui, só em surdina entre-amigos, claro. Mas<BR/>esse afastamento implicou que não tivesse acompanhado (via clic-clic)<BR/>o renascer do vosso blog - não se o divulgaste junto de outras<BR/>pessoas, mas se não o fizeste faz uma circular: há tantos blogs que é<BR/>difícil os habituais leitores acompanharem (o meu agregador ma-blog<BR/>terá cerca de 200 blogs sobre moçambique) e os não habituais são<BR/>renitentes às visitas<BR/><BR/>2. sobre o teu artigo: há algumas incorrecções factuais não muito<BR/>importantes - o ano passado, se a memória não me falha, não se tratou<BR/>de uma curadoria de Alda Costa e Jorge Dias mas sim de um juri que<BR/>escolheu os oito (?) artistas a serem representados e que se filiou no<BR/>modelo de Anual Musart escolhida. Digo isto fundamentalmente para<BR/>depurar o teu texto e também para não pessoalizares em excesso a tua<BR/>crítica a AC e JD, como incoerentes porque voltaram atrás. Nesse juri<BR/>estava eu e a Maria Elisa e assim de repente falta-me a certeza se<BR/>mais alguém. Ou seja, pelo menos eu e talvez mais alguém, cometeu o<BR/>mesmo "pecado", se assim o entendes. (Desculparás a falta de memória<BR/>mas estou a escrever a correr e ainda por cima o ano passado acabei<BR/>por não assistir à exposição pois ausentei-me antes da expo e quando<BR/>voltei segui para trabalhos do Departamento no Centro do país e ficou<BR/>tudo numa bruma)<BR/><BR/>3. Que fique explícito que escrevo só por mim, e não pelos outros<BR/>membros dos júris (2007 e 2008). Talvez fosse melhor disparares depois<BR/>de perguntar. O juri deste ano foi convidado para ser jurado. Eu fui,<BR/>com o agrado de sempre no que toca a colaborar com o Museu. E fomos<BR/>informados de que se tinha regressado ao modelo anterior. Explicitámos<BR/>na nossa acta de trabalho que se tratava de um regresso a uma<BR/>modalidade, que não era nossa opção, e apontámos as vantagens<BR/>qualitativas de um outro tipo de abordagem à anual MUSART bem como<BR/>indicámos aqueles que nos parecem ser alguns dos incovenientes deste<BR/>modelo - tanto sob o o ponto de vista conceptual como sob o ponto de<BR/>vista logístico. Oferecemo-nos para trabalhar na preparação de um<BR/>outro modelo, seja no projecto global seja relativamente a algumas<BR/>dimensões parcelares (como por exemplo a reflexão necessário ao<BR/>tratamento da fotografia), e ainda na divulgação das propostas e da<BR/>sua interacção com a comunidade artística.<BR/>Mais ainda, propusemo-nos, agora informalmente, para participar num<BR/>debate sobre a exposição - necessariamente a decorrer lá para finais<BR/>de Janeiro, dado ser altura de deslocações, festas e férias; questão<BR/>que será até delicada, mas com toda a certeza interessante, pois será<BR/>um debate que terá que recair tanto sobre o modelo MUSART como sobre<BR/>os critérios de avaliação das obras a concurso.<BR/><BR/>Falando por mim, acho que qualquer crítica à atitude de jurado me<BR/>parece descabida. Sou convidado, o que muito me honra (bem para lá do<BR/>"honra" do protocolo), e participo deixando a minha opinião,<BR/>companheira ainda que algo discordante. Mas também colaborando - uma<BR/>exposição deste tipo que foi a de 2008 não ofende os meus princípios,<BR/>não haveria razão para refutar a colaboração).<BR/><BR/>Em suma, parece-me que o teu texto crítico - e nesse sentido muito bem<BR/>vindo - tem um tom excessivamente pessoalizado. Digo-te sem melindres<BR/>exagerados, mas porque me parece, por isso mesmo, algo simplista.<BR/><BR/>4. Alongo-me: acho descabido o "puxares a brasa à tua sardinha" - como<BR/>se diz em Portugal - com a utilização da atitude de Quehá como se<BR/>fosse um protesto com o modelo assumido e como se fosse um protesto<BR/>com a incoerência,melhor dizendo a manipulação das regras por parte do<BR/>juri. Nada pode apontar nesse sentido por parte dos jurados - foram<BR/>convidados para uma escolha e premiação e fizeram-nas, com a<BR/>subjectividade própria desses actos. Quehá, tal como todos os outros,<BR/>concorreram sabendo as regras, nada lhes foi mudado À última da hora.<BR/>O gesto de Quehá só ele o poderá substantivar. Eu, tal como todos os<BR/>outros, só o poderemos adjectivar. Para mim triste, de um<BR/>desiquilibrado egocentrismo, de um histrionismo que, por ser só<BR/>desiquilibrado, apenas posso lamentar. Não me parece que o artista<BR/>tenha uma atitude de protesto conceptual, apenas um "não ganhei vou-me<BR/>embora". Como suporte da tua argumentação parece-me muito frágil -<BR/>aliás, na prática acho que Quehá ao agir assim está a significar<BR/>exactamente o contrário, está a simbolizar a filiação máxima, o cúmulo<BR/>de adesão, ao modelo concursivo que a exposição teve.<BR/><BR/>5. Em contraponto com a minha opinião mais geral tenho algo a apontar<BR/>em defesa deste tipo de concurso: um, tem impacto "popular", o que é<BR/>um ganho para a direcção do museu (eu não estou a referir a<BR/>"directora", estou a referir a linha tutelar do museu), a cuja tem<BR/>dado um carácter algo diverso à política havida, com grande incidência<BR/>na contemporaneidade. O que é um risco assumido, e foi uma "pedrada no<BR/>charco" aqui. Ou seja, às vezes é preciso termos cuidado com os nossos<BR/>maximalismos e aceitarmos (uma aceitação que não é a-crítica, claro)<BR/>que as instituições têm caminhos, necessidades e até funções que<BR/>ultrapassam os legitímos interesses e valores dos que com ela caminham<BR/>irmanados.<BR/><BR/>Dois, tem uma dimensão de comunicação e interacção mais vasta com a<BR/>comunidade artística local - o que poderá ser potenciado através de<BR/>outra abordagem aos mecanismos dessa comunicação, muito em particular<BR/>a dimensão textual indutora das participações (Por exemplo um modelo<BR/>meio termo poderia ser um convite À participação a vários artistas e a<BR/>abertura de um concurso, com prémios conjuntos ou separados. Um modelo<BR/>misto que proporcionaria a dimensão "conjugação" comunitária e a<BR/>"mostra" do mais relevante actual). Não é este o meu entendimento, mas<BR/>gosto de compromissos ....<BR/><BR/>6. Exógeno ao assunto a questão da "imagem de África" que Jean Digne<BR/>não reconhecia. Nao nos dás o contexto da afirmação, o que impede um<BR/>bocado o diálogo sobre a matéria. Terá a ver com as imagens<BR/>pré-construídas, ou mesmo pós-construídas. Eu quando levei o meu<BR/>cunhado, que passou três anos num buraco na guerra em Angola, a<BR/>Neilspruit também ouvi isso - isto não me parece Àfrica. Não me<BR/>pareceu muito significante.Nem a ele, que entendia bem a pluralidade<BR/>que a estatueta "masai" esconde.<BR/><BR/>7. Discordo radicalmente, e acho mesmo ofensivo, usares um meio de<BR/>comunicação pública, como o é um blog, para te gabares de uma<BR/>instalação "híbrida" de mucapatada e rabanadas sem que me tenhas<BR/>convidado para a inauguraçao-degustação. Essa não te perdoarei ...<BR/><BR/>Um bom ano para todos<BR/><BR/>Zé TeixeiraAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1666880928032671920.post-19064532199276130772008-12-28T20:23:00.000+02:002008-12-28T20:23:00.000+02:00Gemuce,Como tinha lhe prometido, aqui estou para r...Gemuce,<BR/><BR/>Como tinha lhe prometido, aqui estou para reagir aos seus textos, especificamente à este sobre a anual do Museu. Lamento que os debates que aconteciam no Museu organizados as vezes pelo Muvart tenham parado, porque na verdade prefiro aqueles ao vivo, uma vez não sou escritor e desculpo-me antepadamente pelos atropelos gramaticais possíveis. Quero lembrar que sou um simples apreciador das artes e não entendo da arte e muito menos de politicas artisticas. A minha participação neste debate é uma aventura motivada por um julgamento lógico de factos.<BR/><BR/>Indo directo ao assunto, eu discordo contigo em parte, mas por outro lado, concordo com alguns factos.<BR/><BR/>Começando pela discordância, acho que a Anual do Museu deve servir democraticamente aos artistas. Este é o meu ponto de partida. Mas ao terminar esta linha, vêm me ao pensamento algumas contradições sobre esta afiração: Qual dos 2 critérios aqui em disputa seria o mais democratico? O critério de concurso ou por indicação/convite, abandonado neste caso, conforme revela o texto do Gemuce? Indicar e eleger não é mesma coisa no meu entender! Por isso acho ser mais democratico eleger, porque as pessoas a serem eleitas, concorrem e se predispõe à eleição de livre vontade. Por isso, não concordo de igual modo com a atitude do Quehá, porque ele sabia que podia vencer ou não, o pémio. Esta atitude parece-me mais de um sentimento egoista e vandalista do que outra coisa. E quando estas atitudes acontecem na arte, fico muito triste porque para mim isto é uma grande contradição com a essencia artistica. Posso estar errado mas sempre associei a Arte à um espaço de cultura da paz… Contudo não consigo imaginar a diferença do resultado da exposição que faria, em termos de participação dos artistas, usando-se um ou o outro critério. <BR/><BR/>Sabe Gemuce!? Não me lembro de existirem políticas perfeitas. Em todos os tempos as politicas sempre tiveram críticas e nesta coisa da Arte, acho mais difícil ainda , por se tratar de uma área subjectiva… Mas precisamente você deve estar em melhores condições me explicar este assunto, ao me lembrar do seu currículo. És artista, professor de arte, activista artistico e formado em gestão cultural se a memoria não me falha. Também penso que trabalhas no Museu. Estou curioso sobre o que está acontecer. Mas também estamos habituados que no Museu acontecem sempre debates quentes como aqueles organizados entorno da exposição do mestre Naguib. É bom que os debates aconteçam mas quando o seu impacto é afogado, não sei por quem, devo concordar consigo que é doença… <BR/><BR/>Em relação a minha concordância com o Gemuce, é no aspecto levantado por um aluno da Enav citado neste texto cujo nome não foi revelado. Na verdade o que ele levanta faz sentido para mim, porque por exemplo, eu na qualidade de público apreciador das artes, também entendo que o Museu é um espaço onde se deveria mostra, os maiores ou os melhores acontecimentos das artes. Coisas inéditas de certo modo. Continuarmos a ver o que se vê todos os dias na galeria do Núcleo de Arte, isso não tem muito interesse. <BR/><BR/>Por isso acho que é falta de sensibilidade ou de responsabilidade ou de conhecimento das suas missões por parte dos dirigentes do Museu. Mas também penso que os artistas devem ter alguma parte de culpa quando se tratar de serem preguiçosos. Pois imagino quer pelo jurado ou pelo convite não farão milagres com as propostas existentes. É preciso interacção. É esta mesma falta de responsabilidade e sensibilidade dos protagonistas da cultura que fez sumir o seu Ministério. <BR/><BR/>Um abraço, estarei atento aos próximos artigos e eventos. viva MUVART<BR/><BR/>Timoteo MuravaravaAnonymousnoreply@blogger.com