terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Ora então... os votos para 2009!
Ver o que outros andam a fazer
O seu trabalho em vídeo Alheava foi premiado em Casablanca no FIAV 08 (Festival International D'Art Video de Casablanca)
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Queha na anual do MUSART e outras tertúlias
Na quinta feira dia 17, por volta das 20h o Zé Teixeira ligou-me e queixou-se de não me ter visto na inauguração da importante exposição de artes plásticas, a Anual do Museu Nacional de Arte em que ele foi um dos membros do júri. Gilberto Kossa, Victor Sala, Alda Costa e Otília Aquino foram os outros membros do júri. Justifiquei ao Zé que foi pela trapalhice de compras porque iria oferecer no dia seguinte um jantar a uns amigos em minha casa. Coincidentemente um dos convidados seria o Jorge Dias, o curador do museu e da referida exposição.
Nathan - 1º Prémio Pintura Anual Musart 2008
Por volta das 11h40m estacionei o carro e dirigi-me ao Ministério da Educação e Cultura para tratar do referido documento. Pelo caminho cruzei-me com um amigo jornalista com quem troquei saudações e que também se queixou de não ter-me visto na inauguração da anual do museu. Acabada a minha justificação ele conta-me, sem muitos detalhes, um episódio ocorrido no evento. Poucos minutos depois de se ter anunciado o resultado dos vencedores dos prémios, o Queha, artista participante e vencedor de alguns prémios artísticos na praça, retirou, em pleno acto cerimonial de vernissage, o seu quadro da exposição, levando-o consigo para fora do Museu.
O dia foi correndo e já eram 14.30 hora marcada para a reunião do Muvart, sugerida pela Dra. Alda Costa, com o Francês, Jean Digne, presidente do Hors Les Murs, um centro nacional de recursos das artes da rua e das artes da pista (circo). Criado em 1993 pelo Ministério da Cultura Francês, este centro tem por missão observar e acompanhar as práticas artísticas que acontecem fora de muros através de actividades de informação, documentação, formação, avaliação, estudos e edições. O Jorge e o Marcos estariam na reunião e pensei aproveitar a ocasião para clarificar o episódio da anual. O facto foi confirmado mas os motivos do acto permaneceram no segredo do autor. Os comentários em torno daquele acontecimento levantaram um debate em volta do tema que eu classificaria como assunto de responsabilidade artística. Se não vejamos:
Há um ano, ou melhor, no ano passado foi posto em funcionamento, talvez em regime experimental, um novo modelo da anual MUSART para atender a uma tensão da opinião pública que reivindicava o evento mais digno com um projecto curatorial interessante e didáctico.
Gonaçalo Mabunda - Anual MUSART 2007
Do júri da anual deste ano fizeram parte, curiosamente, os directores da ENAV e do NÚCLEO DE ARTE, assim como José Teixeira um dos curadores do anterior modelo experimental; Julieta Massimbe, directora do Museu, e Jorge Dias, o curador do Museu, aprovaram, por sua vez, o regresso ao anterior modelo ou tal não teria acontecido.
O que aconteceu? Como podem as mesmas pessoas que defenderam e promoveram o novo modelo estar hoje a assinar o regresso ao modelo anterior? Que justificação têm para este acto?
A única tese de Doutoramento em História de arte de Moçambique, de Alda Costa feita em 2005, tem um título moderador: Arte e Museus em Moçambique-Entre a construção da nação e o mundo sem fronteiras. Será que a situação descrita acima pode ser legenda com este título, ou estamos perante uma vertigem total de responsabilidade artística?
Berry Bickle - Anual MUSART 2007
A atitude do artista talvez não seja a politicamente mais correcta e responsável neste projecto, mas é sintomática de enfermidade grave. Esta falta de coerência por parte da organização só pode irritar os concorrentes. O artista foi convidado a concorrer para um prémio. Não tendo ganho retira-se do jogo, porque o próximo jogo é outro jogo e deve ter outras regras.
A reunião do Muvart com o Francês, uma conversa de troca de experiências ao nível de percursos e sistemas de gestão artística moçambicana e francesa, foi muito frutuosa e saudável para ambos os lados. E o Jean Digne fez um comentário, a propósito da sua impressão sobre a cidade de Maputo, que achei interessante, por isso queria partilhar convosco.
Jean Digne disse que não sentia estar em África. Sem pretender comparar Maputo com o ocidente, exemplificou o seu comentário, mostrando-nos, de dentro da montra do café Continental, os vendedores ambulantes que vendiam árvores de natal. “Nunca vi isso em África e não é a ideia que temos de África… Mas também tivemos na Europa o caso da Suíça que sempre julgamos não ter identidade embora, hoje já não digamos isso… Também estou intrigado, por exemplo, com o facto de estar aqui a conversar em francês com moçambicanos e não ser contestado e conotado como pregador da minha cultura ocidental, como habitualmente me tem acontecido noutros países africanos que visitei...”
Finalmente a sexta-feira chegava ao fim e aproximava-se o jantar que mencionei no início do texto. Aconteceu com uma Mucapatada (prato Zanbeziano) preparada pela Élia (etnicamente Machope), e rabanadas de sobremesa feitas pela Elisa Santos (portuguesa). Muita conversa com o Luis Abelard, a sua namorada Conceição, a Elisa, a Nelma de Sousa, o Jorge Dias e Taila, minha filha de 1 anito e meio.
Montagem Anual MUSART 2007
No meio da tertúlia, em que o assunto da Anual não deixou de estar presente o Jorge traz a notícia extraordinária da jovem (artista?) brasileira que foi presa durante mais de 50 dias por ter pichado as paredes do edifício onde ocorria a Bienal de São Paulo.
E vale a pena ler aqui os motivos e a discussão em torno deste acto que terá sido mais mediático do que o do Quhea na anual do MUSART
Sábado 20 de Dezembro de 2008
2h51m madrugada
Gemuce
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
"Maputo: A tale of one city"
Se por um lado esta notícia é reveladora do interesse pela produção contemporânea de artistas de origem moçambicana, o facto de o Museu Nacional de Arte Design e Arquitectura da Noruega ter já agendada (e contratada!) a circulação nacional desta exposição para o período de 1 de Set de 2009 a 1 de Nov de 2011 é uma oportunidade para analisarmos a forma como se pode trabalhar a cultura.
É uma oportunidade para reflectirmos sobre o profissionalismo, a seriedade e o compromisso que são exigidos a todos os agentes envolvidos: dos curadores aos artistas, dos directores dos espaços (sejam museus, galerias ou feiras) aos produtores.
E nós? Estamos preparados? Queremos estar? Como o vamos fazer?
sábado, 13 de dezembro de 2008
Ver o que outros andam a mostrar
Sacrificed
Elizabeth Nell é uma das artistas que se encontra no site da DEITCH.
Eu gostei e recomendo.
Jorge Dias