sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

AFRICA NOW! - Emerging talents from a continent on the move!

Termina no final deste mês no World Bank Washington Campus a exposição do mega projecto do Programa de Arte do Banco Mundial intitulado Africa Now! que através de uma longa série de acções e eventos pretendeu celebrar e dar a conhecer o talento e a criatividade dos artistas e designers africanos.




Beatrice Njoroge, Kenya


Let Creativity Speak!
People forge ideas, people mold dreams, and people create art. And that means all people, whether they are rich or poor. (...) Africa Now! is about visionaries and communicators who articulate the past and the present and represent a continent on the move.


Uma visita ao site permite conhecer o projecto, as obras e os autores e ainda fazer o download do catálogo da exposição, onde estão representados 3 artistas moçambicanos.

Ler o que outros andam a escrever

O Ma-shamba voltou a estar on line.


Depois de algumas interrupções na comunicação é possível voltar a ler o que o antrpólogo José Teixeira tem para nos dizer.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ler o que outros andam a escrever


A propósito do contemporâneo
Monument, Jenny Holzer, 2008

Vale a pena espreitar o que outros leem e partilham na blogoesfera.
O arquitecto João Amaro Costa escreve aqui.
Já agora, o resto do blog também é interessante de acompanhar.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Marcos Muthewuye responde ao desafio

Oi mano Jorge!
Aqui ficam algum material e algumas ideias acerca da minha obra, como forma de responder à provocação que fizeste.



O meu trabalho sustenta-se nos aspectos que a seguir se descrevem:

- Fazer abordagens às relação de culturas, formas e conceitos de diferentes proveniências.
- Estabelecer uma relação entre a tradição e a contemporaneidade, de modo a dar continuidade aos valores culturais na sociedade de hoje – contemporânea.
- Apresentar, defender, propor e valorizar os valores estéticos inovadores universais a partir da “própria cultura.”
- Criar uma estreita relação entre o tradicional e o contemporâneo, usando elementos comuns e diferente na sua composição material e conceptual.
- Criar obras como pontes de diálogos entre binómios cultura urbana e rural, “cultura antiga” e nova/moderna, cultura Nacional e Internacional, etc.


Habitualmente apresento as minhas peças sob a forma de Esculturas - no sentido habitrual das Artes Visuais com o seu formato tridimensional -, Instalações - com material natural e industrial - e/ou Performance - como forma de interagir com o público participante o qual se pretende seja um elemento activo na exposição.

Essencialmente a motivação que serve de base ao meu trabalho é a possibilidade de criar espaços de aprofundamento para pesquisa dos materiais, técnicas e conceitos no que diz respeito a tradição e a contemporaneidade. De igual forma, a possibilidade de reflectir e estabelecer um contacto com outras culturas da comunidade contemporânea ligada ou não as artes e de descobrir a relação existente entre a cultura moçambicana e as de outros povos com as quais convivemos ou poderemos viver no contexto da globalização a que estamos todos sujeitos nos tempos que correm.

Dada a capacidade que a arte possui para conferir “vida” aos materiais usados pelos artistas, proponho-me continuar a pesquisar os materiais tradicionais e contemporâneos, para estabelecer um diálogo mais coerente entre a tradição e a contemporaneidade. Deste modo julgo que estarei contribuindo para o resgate e valorização da cultura moçambicana como parte do povo, mas também como cidadão do mundo de hoje, no qual nos identificamos de diferentes maneiras. Daí que gostava de reflectir tudo isto e muito mais com o público.
Para tal estaremos em contacto.

Aquele abraço.

Marcos Muthewuye

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A propósito de 2009... depois dos votos, os desafios

Anésia Manjate


Temos que começar por algum lado!

Gostaria de convidar os membros do Muvart a abrirem aqui o debate sobre as suas produções.

Que andam a fazer? Como pensam mostrar o que fazem? Porque fazem arte contemporânea e não outra forma de manifestação artistica? - perguntinha boba esta né? bem mas vale pela "provocação". Acho que precisamos disso aqui!

Jorge Dias

domingo, 11 de janeiro de 2009

Ver o que outros andam a fazer

Esperança para 2009: Precisa-se!


Edward Said (1935-2003)



A Orquestra Sinfónica West-Eastern Divan, foi criada em 1999, é constituída por jovens músicos egípcios, israelitas, jordanos, palestinianos. Esta orquestra foi o último sonho do palestiniano Edward Said e é concretizada diariamente pela alma gémea de Said, o judeu Daniel Barenboim, um dos grandes maestros do século XX que também foi alma gémea da ideia e do projecto, hoje gerido pela Barenboim-Said Foundation.


The Divan is not a love story, and it is not a peace story. It has very flatteringly been described as a project for peace. It isn't. It's not going to bring peace, whether you play well or not so well. The Divan was conceived as a project against ignorance. A project against the fact that it is absolutely essential for people to get to know the other, to understand what the other thinks and feels, without necessarily agreeing with it. I'm not trying to convert the Arab members of the Divan to the Israeli point of view, and [I'm] not trying to convince the Israelis to the Arab point of view. But I want to - and unfortunately I am alone in this now that Edward died a few years ago - and...I'm trying to create a platform where the two sides can disagree and not resort to knives."cope with the other." Daniel Barenboim

















Em Israel, há pouco tempo, o maestro atreveu-se a interpretar Wagner. Explicou porque o fazia e, na sua terra, viu metade da sala sair. A música impôs-se e Barenboim, conhecido wagneriano, continuou e permitiu que saísse quem quisesse.

Este vídeo é de Londres, dos Proms, e nele a Orquestra Divan interpreta a abertura dos “Mestres Cantores” (um excerto). Barenboim, no final do concerto, imediatamente antes do "encore" dirige-se à assistência londrina dizendo: "não irei falar sobre o que que está mal no Médio-Oriente, porque acabarm de ouvir o que está bem no Médio-Oriente” e aponta para a “sua” orquestra.