FOTOGRAFANDO ACONTECIMENTO
Nos anos 90 Mauro Pinto decide fazer um curso de fotografia pela «Monitor International School» e na mesma altura teve um estágio com o fotógrafo José Machado. Daí para cá, assume a fotografia como profissão.
Participou em diversos workshops e tem tido oportunidade de trocar experiências com fotógrafos como o norueguês Trygve Bolstad, Ricardo Rangel, Karl Kugel entre outros. Participou em diversas exposições individuais e colectivas, e tem alguns dos seus trabalhos fotográficos publicados em livros, revistas e catálogos.
A experiência o "Porto de Luanda" é o início de um trabalho que pretende expor pedaços e toques do legado Africano levado para outros continentes. Este trabalho, que resultou numa exposição, faz parte de um projecto ambicioso denominado "Portos de convergência" que investiga as relações das culturas da África Austral com o resto do mundo, em particular o triângulo de ligação entre África – América – Europa.
Historicamente, estes foram os principais pontos da rota de migração massiva e bruta relacionada com o comércio de escravos africanos. Para se entender realmente a importância do legado Africano em terras estrangeiras, é necessário retroceder aos pontos históricos de partida e entrada das populações africanas: os portos marítimos. O fotógrafo procura estabelecer a ligação entre África e as populações Africanas que migraram, voluntária ou involuntariamente, para continentes como a Europa e a América e, desvendar, com os seus próprios olhos, o ambiente onde chegaram, há tantos anos atrás, as pessoas da África Austral. O seu verdadeiro objectivo é percorrer, muitos anos mais tarde, os passos que os seus antepassados deram para terras estrangeiras e registar a viagem de forma a abalar o presente em relação à marginalização de África e do seu povo que, actualmente vive noutros continentes.
Mauro Pinto integra o colectivo de artistas moçambicanos que estará presente na exposição "Maputo, a tale of one cite" na Galeria IKM em Oslo.