sábado, 14 de fevereiro de 2009

Moçambique em Oslo - Rafael Mouzinho




CAMPO FLUTUANTE E INCONSCIENTE DO SIGNIFICADO


"Interesso-me pela discodificação dos objectos penetrando na lógica dos sinais como na dos sínbolos, porque elas não estão de forma nelhuma ligadas a uma função ou uma lógica social ou de desejo, as quais servem de campo flutuante e inconsciente do significado"

Mouzinho apresentou este trabalho no Centro Cultural Franco Moçambicano (CCFM) em 2005, na exposição Hora 0. Em 2006 na Expo Arte Contemporânea Moçambique 06 teve uma versão diferente e agora nesta exposição em Oslo reaparece com novas reformulações, introduzindo novos elementos.

O seu trabalho aborda as questões do espaço, a sua utilização e aproveitamento. Num outro extracto sobre a sua criação Mouzinho diz: A ciência dá-nos ordem nos pensamentos. A moral dá-nos ordem nas acções. A arte dá-nos ordem na apreensão das aparências visuais, tangíveis e audíveis, nos ensina a visualizar as coisas e não apenas a conceitualizá-las ou utilizá-las. Procura fazer levantamento de algumas das questões pertinentes às possibilidades de relações estabelecidas a partir de questões que dizem respeitam a produção da visualização da realidade e dos esquemas visuais e conceituais adquiridos a partir de algumas convenções existentes em nossa crença na natureza real do espaço”.


Até onde os espaços são importante e como são aproveitados. Os espaços urbanos, domésticos, públicos, privados, tecnológicos, intelectuais, os espaços existentes e os que estão por existir.

Rafael Mouzinho faz parte do colectivo de artistas Moçambicanos que se apresentarão e Fevereiro em Oslo

2 comentários:

Anónimo disse...

Saudaçöes à todos,

Em primeiro, dizer que é uma boa ideia e muito importante que o artista fale das suas criaçöes, pois, isso afasta a possebiidade de o pùblico apropriar a obra aos seus ideiais, é verdade que existem obras criadas para esse fim, polissémico, de modo que cada um veja e perceba o que sabe. Mas quando o artista cria um perimetro para a anàlese do seu trabalho, é jà uma mais valia, pois, ficamos situados.

Indo ao Rafael, devo dizer que ele é um artista corajoso, tal como o säo todos os que apostam em se manifestar "contemporâneamente", acho näo ser fàcil, no nosso pai's, tomar a decisäo de deixar a arte falar por si, sem recorrer à tradiçäo de "escravisà-la", isto é, usà-la como "arma de combate", mas sim, como maneira de questionar, propor, etc.
Do meu ponto de vista, isso demonstra uma maturidade artistica, embora isso näo possa parecer se o pùblico näo estiver preparado para arte de uma receita igual. Para mim a obra do Rafa näo està afastada da arte minimal, tanto pela sua forma, assim como pela ideia qua a rodeia, peoposta pelo artista.
Me sinto obrigado a finalisar a minha anàlise à obra do Rafa sitando Robert Morris, uma das grandes figuras da arte Minimal, que diz: " A simplicidade da forma näo significa necessariamente a simplicidade da experiência."

Escrevo consciente do paradoxo que possa existir nas minhas ideias.
Avante Rafael.

Félix Mula

Genivaldo Amorim disse...

Há pouco mais de um ano atrás eu fiz meus primeiros contatos com a arte moçambicana através do Jorge Dias e desde então tenho ficado surpreendido com a qualidade da arte contemporânea que vem sendo feita em Moçambique e também com as conquistas que alguns artistas estão conseguindo através de importantes exposições. Partricipei da Expo Arte Contemporânea 2008, não pude ir ver pessoalmente, mas vi fotos da exposição, de alto nível.
Ainda quero conhecer mais a arte de Moçambique e também conhecer o país.

Abraço aos artistas moçambicanos.

Genivaldo Amorim
Artista Plástico
Valinhos SP - Brasil

www.centrodearte.com.br
www.worldbodyproject.com
genivaldo_amorim@yahoo.com.br