DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

"Grande é a poesia, a bondade, as danças...

Mas o melhor do mundo são as crianças..."

Fernando Pessoa

Durante todo o mês de Junho o Centro Cultural Brasil-Moçambique em Maputo recebe a exposição Brincar e Fantasiar que tem a orientação do artista Tchalata.

O convite é mais aliciante do que ir ver uma exposição de trabalhos infantis ou mais uma mostra de um artista contemporâneo. A proposta é de espreitar uma ligação rara, a comunicação de dois mundos, de duas forças, duas perspectivas, igualmente importantes, igualmente legítimas.

A relação de Tchala com a expressão artistica da infância não é nova e a forma como a absorve e transforma na sua linguagem artística são a identidade dos seus trabalhos.

" Seus trabalhos são realizados a partir da experimentação de materiais e introdução de objectos; do aproveitamento das possibilidades e do procedimento construtivo da forma; da experiência conseguida através da actividade prática e do contacto permanente com as crianças que lhe permite abertura com várias possibilidades. (...)Tchalata sabe partilhar o espaço sacralizado da galeria de arte com a criança. Esta partilha permite a construção de uma nova relação entre o público “criança” e a obra de arte. O objecto artístico passa a ser um canal para se alcançar uma nova comunicação entre os adultos e as crianças.
Talvez o que mais importa não é a obra que Tchalata apresenta como resultado plástico mas a possibilidade que a obra tem em servir como um canal de troca no universo infantil."

Jorge Dias

MUSART 20 anos - a festa já começou!

A 18 de Maio de 1989 era inaugurado o Museu Nacional de Arte.

A escolha da data não foi inocente, o MUSART nasce no Dia

Internacional dos Museus.

A comemoração destes vinte anos terá um programa que se prolongará por todo o ano e a festa começou com a inauguração da exposição "Histórias e Mitos" que poderá ser vistada nas instalações do Museu na Av. Ho Chi Min em Maputo até 5 de Agosto.

Alda Costa e Gianfranco Gandolfo são os curadores desta mostra que viaja pelos últimos 30 anos da escultura moçambicana.

Histórias e Mitos

"Na década de 60 do século XX ocorre um importante processo de inovação na tradição escultórica antiga do Norte de Moçambique. São desse período os novos tipos de escultura desde então divulgados: o ujamaa, o shetani, a escultura em relevo.
Após a independência de Moçambique (1975) esta escultura conhece um grande incentivo e desenvolvimento. O número de escultores aumenta e, embora nem sempre seja visível crescimento em termos de qualidade e criatividade, são vários os escultores herdeiros dessa tradição inovadora que afirmam a sua individualidade artística: Nkabala Ambelikola (n.1930), Nkalewa Bwaluka (n.1930), Celestino Tomás (n.1944), Rafael Nkatunga (n.1951), Bernardo Lázaro Nangwalale, Miguel Valingue (n.1953), entre outros.
Mais uma vez, na década de 80, sinais de inovação se fazem notar: novas linguagens e meios de expressão, até aí não utilizados, enriquecem esta expressão artística. Começa aqui a trajectória artística de Reinata Sadimba (n. 1945), que a partir da tradição de olaria dá nova vida à escultura, e de Matias Ntundu (n.1948), o escultor que encontra na xilogravura um meio para exprimir o que a escultura não lhe permite.

Desde então pequenas e graduais mudanças continuam a acontecer. Os tipos de escultura então identificados desenvolvem-se. As categorias e classificações esboçadas tornam-se demasiado rígidas ou mesmo inadequadas. Mudam também as maneiras de olhar. São precisas novas ferramentas. Por outro lado, continuam presentes, ou acentuam-se mesmo, mitos e ideias feitas que urge questionar.
Esta exposição, a partir da colecção do Museu Nacional de Arte, é uma amostra necessariamente simplificada e limitada deste percurso e tem a intenção de alimentar a reflexão sobre estas práticas artísticas.

Alda Costa

Gianfranco Gandolfo

SaNsa International Artists’ Workshop in Ghana

O TERCEIRO ENCONTRO

A palavra Asante nsansaa e a palavra Eve sasa definem diversidade e unidade, o tema do terceiro Workshop Internacional que decorrerá de 2 a 16 de Junho no Ghana, na cidade de Kumassi.

Aqui pode ver-se o que outros andam a fazer desde 2004 no outro lado do continente e também conhecer quem participa nestas aventuras

" SaNsA has a mixture of college-trained and street- or compound-trained artists. This pluralism of approaches to art-making encompasses street painting as well as local and international practices.

Artists from many countries: (Ghana, Nigeria, Côte d’Ivoire, South Africa, Kenya, Wales, USA, Austria, France, Togo, Japan, Germany) took part in SaNsA (2004 / 2007) and , to a large extent, used local materials in innovative ways. Allowed into each other’s studios for two weeks, participants can watch works develop and learn from one another.

SaNsa Team

We are pleased to announce the third SaNsa International Artists’ Workshop in Ghana, which will take place at the Centre for National Culture (CNC), Kumasi, between 2nd and 16th of June, 2009. This event will bring together twenty artists of different nationalities.

So far we have invited artists from Ghana, Nigeria, China, Uganda, Côte d’Ivoire, South Korea, Mexico, Iran, India, USA, France, Cameroon and Portugal. The idea of the workshop is to encourage experimentation, the innovative use of local materials, collaboration and cross media exchange.

SanSa International Artists’ Workshop, Kumasi, Ghana is part of the Triangle artists network, established in 1982 by Robert Loder and Anthony Caro. This year, the workshop is being organised with some input from the British Museum.

Videoarte - Optica fetival

Um convite para conhecer o que se faz em videoarte em outras paragens e para participar

Toda a informação está aqui

Una conciencia implica la formación de una cultura. Y ésta se da mediante un proceso. Si lo deseamos, el videoarte puede consolidarse como una de las manifestaciones artísticas más importantes de nuestros días. Tan sólo es necesaria la voluntad de unos cientos de personas en todo el mundo.

El próximo 22 de junio celebraremos el "Día Internacional del Videoarte". Se trata de una iniciativa de Optica Festival. Desde aquí, te invitamos a participar de forma individual o en grupo, allí donde te encuentres.

Nuestro objetivo es que durante ese día, el mayor número posible de personas celebren y/o tomen conciencia del valor e importancia de la cultura audiovisual.

Se trata de hacerse una fotografía individual o colectiva y luego enviárnosla por correo electrónico. Con todas las imágenes recibidas crearemos una memoria documental de lo sucedido ese día en todo el mundo.

Si estás interesado/a en participar, puedes escribirnos un e-mail con tu nombre, apellidos, ciudad y país a videoart.day@opticafestival.com.

Mares - Olhares da Língua Portuguesa

O projecto, tendo o Mar como tema central e fio condutor, propõe-se reunir diversas sensibilidades entre artistas dos países de expressão portuguesa, estabelecendo pontes, encorajando as novas gerações a integrar o Mar no seu imaginário e a utilizá-lo como matéria-prima da sua produção artística. Neste primeiro ano, as artes privilegiadas são a Literatura (no formato Conto) e a Fotografia: cada dupla será constituída por um escritor e um fotógrafo, apresentando em conjunto uma obra para uma colectânea a reunir em livro no final do ano.

Para além dos nomes já convidados a participar – todos eles de grande prestígio na sua área – haverá um concurso público, que funcionará nos mesmos moldes e será aberto a todos os que queiram concorrer. Será criado um site, para onde convergirão as candidaturas e que servirá de ponto de encontro e debate para todos os que se interessem pelo universo da língua portuguesa e pelo mar, desde concorrentes a simples curiosos.

A dupla vencedora do concurso público terá direito a um prémio pecuniário, além da publicação do seu trabalho junto dos consagrados.

Kok Nam, Luís Carlos Patraquim, José Cabral, José Pinto Sá, Santimano e Paulina Chiziane serão os nomes Moçambicanos que integrarão o projecto.

Há mais informações aqui

Mankind is No Island

Tropfest é o maior festival de curtas metragens do mundo.

Começou há 17 anos em Sydney, na Austrália.

Teve a sua 1ª edição em Nova York, no ano passado.
O vencedor de 2008 foi este filme totalmente filmado com um telemóvel em Sidney e NY por Jason van Genderen com um orçamento de 40 dólares.

Deslocações - agora na outra costa, em Luanda

Chegou a Luanda ao Centro Cultural Português no dia 25 de Abril e fica por lá até 22 de Maio. Depois de Maputo, em Setembro passado, já Cabo Verde e Brasil receberam as obras de André Cepeda, Edgar Martins, José Carlos Teixeira e Tatiana Macedo que integram a exposição que tem a curadoria de Lúcia Marques


Tal como nas outras cidades, também na capital de Angola um programa diversificado acompanha a mostra.Aqui pode ver-se como têm sido estas "Deslocações".